CRIANÇA QUEIMADA: IMPORTÃNCIA DE UM TRATAMENTO EFICAZ
RUANO, R.M.; AMARAL, N.F.F.;
MOTA, F.L.; FERNANDES, M.A.Jr.; ALMEIDA, H.
Universidade de Alfenas – MG – Brasil (rafael_ruano@hotmail.com)
INTRODUÇÃO:
A maior freqüência de queimaduras ocorre na infância, principalmente
até os 5 anos de idade, existindo um pico de incidência entre o
1º e 2º ano de vida. O agente que, com mais freqüência,
causa queimadura nas crianças é o liquido superaquecido.
RELATO DE CASO: L.M.E, 3 anos, vítima de queimadura
térmica no dia 10/06/2005 na cidade de Conceição da Aparecida
– MG, quando puxou uma panela de óleo fervente. Apresentava queimaduras
de 2º grau profundas e superficiais no membro superior direito em quase
toda a sua circunferência, no quarto ântero-superior do tórax,
no mento e na coxa direita; cerca de 13% da superfície corporal total.
Devido à queimadura circunferência no punho, apresentou insuficiência
arterial e venosa de mão direita, que se manifestou com edema, cianose,
ausência de pulso radial e ulnar e o anel cutâneo característico
de estreitamento. Foi realizado escarotomia na porção lateral
do antebraço, punho e mão, balneoterapia e curativo com sulfadiazina
de prata de todas as lesões. Houve boa evolução, sem sinais
de infecção, reepitelização das lesões superficiais
com curativo diário com sulfadiazina de prata e antibioticoterapia endovenosa.
As lesões profundas foram submetidas à enxertia de pele autóloga
parcial retirada da coxa direita no dia 24/06/2005. Houve 100% de integração
do enxerto, recebendo alta hospitalar no dia 30/06/2005
DISCUSSÃO: Nas queimaduras circulares de membros, deve-se
monitorar a presença de pulso periférico, cianose e tempo de enchimento
capilar, procedendo-se a escarotomia quando diagnosticado o comprometimento
da perfusão capilar. A importância da prevenção do
trauma térmico deve-se, não só a freqüência
com que ocorre, mas, principalmente, à capacidade de provocar seqüelas
funcionais, estéticas e psicológicas.