GRANDE QUEIMADO: IMPORTÃNCIA DE UM TRATAMENTO EFICAZ
RUANO, R.M.; AMARAL, N.F.F.;
MOTA, F.L.; FERNANDES, M.A.Jr.; ALMEIDA, H.
Universidade de Alfenas – MG – Brasil (rafael_ruano@hotmail.com)
INTRODUÇÃO:
Adultos vítimas de queimaduras de 2º grau que atingem mais de 30%
da superfície corporal são considerados grandes queimados. O tratamento
de um grande queimado requer a participação de profissionais de
várias especialidades, bem como a necessidade de um centro de referência
especializado em queimadura. Nenhuma agressão ao corpo humano parece
ser tão grave quanto uma queimadura extensa.
RELATO DE CASO: G.V.C., 17 anos, vítima de queimadura
térmica extensa no dia 18/05/2005, em Paraguaçu – MG, quando,
em trabalho num lacticínio, caiu dentro de uma caldeira de leite fervente.
Foi encaminhada para o nosso serviço, recebendo os primeiros cuidados
pelo serviço de Cirurgia Geral e pelo de Cirurgia Plástica. Apresentava
queimaduras de 2º grau superficiais e profundas, em 80% da superfície
corporal. Calculada e iniciada a hidratação necessária,
analgesia e sedação, balneoterapia, curativo aberto com sulfadiazina
de prata e internação em UTI. Por não termos uma unidade
especializada em queimados, tentamos transferi-la para outro serviço,
sem sucesso. Prosseguimos no tratamento, administrando antibioticoterapia, correção
hidro-eletrolítica, protéico-calórica, balneoterapia com
desbridamentos e curativos com sulfadiazina de prata. Houve boa evolução
do caso com reepitalização da maioria das lesões. Foi submetido
à enxertia de pele autóloga parcial retirada da coxa direita,
para reparação de queimaduras de 2º grau profundas nas regiões
maleolares, bilateralmente. Houve integração de 100% do enxerto
e o paciente obteve alta hospitalar no dia 28/06/2005.
DISCUSSÃO: Antes da década de 50 do século
passado, pacientes com queimaduras na faixa de 30 a 50% da superfície
corporal raramente sobreviviam. Esta situação vem sendo revertida,
porém inúmeras barreiras ainda precisam ser vencidas.