Trabalho Científico - Hospital Universitário Alzira Velano.

INCIDÊNCIA DE ACIDENTES COM MATERIAIS BIOLÓGICOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO NO ANO DE 2005

RUANO, R.M.; AMARAL, N.F.F.; MOTA, F.L.; SOUZA, G.M.; HERNANDEZ, R.T.V.
Universidade de Alfenas – MG – Brasil (rafael_ruano@hotmail.com)

INTRODUÇÃO: O Hospital Universitário Alzira Velano é o hospital de referência no sul de MG, fazendo um atendimento de mais de 30 mil consultas por mês, onde trabalha um grande número de funcionários e acadêmicos de todas as áreas da saúde. Por ser um hospital escola e de grande porte, espera-se que o número de acidentes biológicos seja elevado, principalmente entre os acadêmicos.
OBJETIVO: Analisar a incidência e o perfil dos acidentes biológicos para estabelecer a melhor forma de atuação na prevenção da transmissão de doenças infecto-contagiosas.
METODOLOGIA: Estudo retrospectivo analisando todos os registros de CAT no ano de 2005.
RESULTADO: Nesse ano foram abertos 82 CATs. Os auxiliares de enfermagem foram os mais acometidos, com 43,9%, seguidos por faxineiros (18,29%) e enfermeiras (7,31%). Foi registrado somente 1 acidente por médico e nenhum por acadêmico, independente da área. Os acidentes ocorreram principalmente na enfermaria da CM, com 21,95%, CTI (13,41%) e PS. 51,21% dos acidentes foram causados por materiais pérfuro-cortantes e 21,95%, por contaminação através de material biológico. O período que mais ocorreu foi o da tarde, com 41,46% dos acidentes, seguido pelo turno da manhã. Com relação às horas de trabalhos, 46,67% ocorreram entre 4 e 8 horas do plantão, 36,66% nas 1° 4 horas. Somente em 18,3% dos casos houve afastamento. Não foi confirmada nenhuma transmissão de doenças nos acidentados.
CONCLUSÃO: Os acidentes ocorreram principalmente no período de trabalho mais intenso (manhã e tarde), sendo as principais vítimas os auxiliares de enfermagem, que são os que estão em maior contato com os pacientes e realizam um maior número de procedimentos. Destaca-se o alto índice de acidentes sofridos por faxineiros, sendo que 73,34% foram causados por materiais pérfuro-cortantes no lixo, indicando a falta de orientação dos profissionais da área de saúde com relação ao correto desprezo de materiais pérfuro-cortantes.